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domingo, 15 de julho de 2007

Amamentar

Da minha própria experiência de amamentação (que durou 15 dias) e do que tenho lido por aí, por vezes fico chocada com o nível de empenho e abnegação que algumas mães estão dispostas a ter para amamentar os seus bebés.
Dormir no máximo duas horas seguidas, não poder saír com tanta liberdade, andar irritadiça e angustiada com o aumento de peso do bebé...até que ponto é que todas estas questões associadas à (maior parte) das mães que amamentam compensam?
Não falo de uma perspectiva egoísta, ainda que saiba reconhecer que para a mãe que dá o peito há menos liberdade. Falo sim do ponto de vista do bebé, porque se ele lucra com um leite (eventualmente) mais rico e melhor, não estará a perder por ter uma mãe cansada, preocupada e irritadiça por dormir pouco?
Tenho conhecimento de casos cujas mães simplesmente não saem de casa porque não têm tempo (??) ou porque aproveitam as duas ou três horas de intervalo entre mamadas para dormir ou para organizar a casa... E o bebé ? Não seria melhor ser alimentado com biberon e em contrapartida saír de casa e apanhar ar com uma mãe muito mais bem disposta e contente?

Não interpretem mal este post, eu também sou apologista da amamentação, contudo há exageros que me chocam e que me levam a pensar até que ponto é que se está de facto a beneficiar o bebé...

19 comentários:

mãe samurai disse...

olá.
eu ainda não sou mãe, mas estou grávida de 18 semanas. a coisa que mais quero é ter leite suficiente e suficientemente bom para poder amamentar o meu bebé durante muito tempo (o ideal, para mim, seriam 6 meses em exclusivo, mas como vou trabalhar quando ele tiver 4 e meio, não deve dar para aguentar a exclusividade).
só vejo vantagens em amamentar o bebé: não há alimento que o nutra de melhor forma do que o nosso leite, eles ganham defesas e está cientificamente provado que ficam menos vulneráveis a doenças.
posto isto... o que é que o meu conforto interessa?? se o meu bebé mamar, mesmo que eu acorde de 2 em 2 horas, mesmo que não tenha tempo para muito mais além de tratar dele e de dar um jeito à casa, sei que ele está a ganhar defesas que não ganharia com o leite artificial, embora este sirva para o alimentar, claro. depois, os intervalos entre as mamadas tendem a espaçar-se mais, por isso não perebo mesmo como é que alguém pode optar por não amamentar apenas para ter mais liberdade de movimentos. por muito que uma mãe feliz faça um bebé mais feliz, o leite da mãe faz dele uma criança mais forte. e isto, de início, parece-me de longe mais importante...

(desculpa o testamento!)

beijinhos!!

rita disse...

Como em tudo na vida, há q haver equilíbrio. Se por um lado não há melhor q o leite materno para o desenvolvimento e saúde de um bebé, uma mãe demasiado stressada e escrava dessa "obrigação" também não deve ser muito saudável. Nem para a mãe nem para o filho.
De qualquer forma, acho q vale a pena o "sacrifício" e julgo que ser "sacrifício" ou não, depende da forma como se encara a amamentação. Por exemplo, as bombas foram inventadas para isso também; para armazenar o leite e dá~lo quando a mãe não pode estar presente.
Eu também tenho o grande desejo de poder amamentar a minha filha até me ser possível.
Bjs

Anónimo disse...

Sara,

Concordo contigo em grau, género e número. Também só amamentei 15 dias. A hora da mamada era uma tortura para mim e para a minha filha porque ela habituou-se ao biberão pois no hospital entenderam que era melhor dar-lhe suplemento porque ela não queria o peito, ou adormecia a fazer dele chupeta. Já em casa chegou ao ponto de não agarrar e chorar desalmadamente sempre que eu insistia. Tentei os bicos de silicone mas cedo percebi que também não dava resultado. Tirei com a bomba enquanto tive leite porque sabia que era o melhor para ela, mas acabou por ir embora. Não é uma questão de conforto para a mãe, é uma questão de conforto para os dois. Existem muitos casos de bebés não amamentados que são super saudáveis e não adoecem muito, eu fui um desses casos, assim como acontec o contrário. Acho que todas as mães estão conscientes de que o seu leite é o melhor mas há casos em que os extremismos não são de todo uma boa solução.

Beijinhos

Anónimo disse...

Sim é verdade, os exageros só fazem mal à saúde, tanto das mães como dos bebés.

Mas também é verdade que há dias piores que outros, às vezes as coisas correm bem e de repente tudo parece descambar.

Apesar dos conselhos que tenho recebido das enfermeiras e médica de dar mama de 2 em 2 horas e não dar o meu leite através de biberão, é claro que não os segui. Já fui tirar leite com a bomba e o Tiago mama quando lhe apetece, não vou agora acordar o puto e obrigá-lo a não mamar nada de jeito (por causa do sono) devido a excessos desses, dormir também faz crescer!

Claro que preocupação de vez em quando todos sentimos, mas se ele está bem e feliz, não vou entrar em pânico porque não está gordo, tudo a seu tempo.

E isso de ficar em casa e não passear parece-me então completamente descabido.

No meu caso vou tentar amamentar em exclusivo desde que as coisas corram bem para mim e para ele, mas há sempre momentos piores, aprendizagens que vamos fazendo, desdramatizações necessárias para que nos foquemos no essencial, estarmos bem, nós e eles.

Claro que se puder ser com o leite da mãe, melhor, senão, também há muito leitinho em pó nas farmácias.

Beijos

Supertatas disse...

acho que há um comprimisso simples que é o tirar o leite, guardar e dar no mesmo esquema do leite artificial, e dar o pai, dar a avó, dar o tio etc
até porque uma mãe stressada tb não produz leite de qualidade ;)

Sonia, Filipe, Guilherme e Santiago disse...

Eu amamentei em exclusivo até aos dois meses e meio. Confesso que nunca me senti presa em casa.
Secalhar porque o meu filhote mamava de 4 em 4 horas e nunca me tenha sentido cansada. E tinha sempre espaço de manobra para sair com ele quando queria.
Mas quem amamenta de 2 em 2 horas, deve ser realmente complicado.
Mas pronto, o leite materno é o melhor. Aqui não há mesmo dúvidas.
Beijinhos grandes

Ana Rute Oliveira Cavaco disse...

Tenho duas filhas, amamentadas em exclusivo até aos 4 meses. foram duas experiências completamente diferentes, uma saciava-se com pouco tempo, a outr aera viciada em mama.

Acima de tudo, acho a amamentação uma questão de bom senso e de escolha de prioridades. Nunca esperei, no primeiro mês de vida, fazer outra coisa senão estar disponivel para as miúdas. Acho o normal num pós parto. Com o tempo, a bomba foi minha amiga e usei-a muitas vezes.

Nunca entendi as coisas como um sacrifício, mas como um bem maior que lhes podia transmitir nos primeiros tempos, que são tão reduzidos e passam tão depressa...

rita disse...

Olá,
Amamentei 1 mês e 1 semana. Para mim, este acto que deveria ser de amor e cumplicidade entre mãe e filho, tornou-se num verdadeiro martirio. Desde que cheguei da maternidade que ninguem consegui adormecer o Tiago, teve 2 dias sem pregar olho.
Eu sempre disse que era fome, mas ninguem me deu a devida importancia (só a minha mão é que parecia compreender e sempre me apoiou se eu decidisse pelo desmame).
A minha irmã, que teve 3 filhos, foi á farmacia e comprou uma lata de leite. Remédio santo, o puto dormiu td a noite!
Enquanto amamentei, chorei muito, para mim era angustiante, eu sabia que ele passava fome só com o meu leite (era água autentica, nem cor tinha).
O pediatra insistiu na mama e mandou que ele ficasse só com peito durante semana e meia para tira teimas. O Tiago engordou 70 gr.Jurei que nunca mais faria o meu filho passar fome, só porque agora toda a gente insiste no peito. É melhor quando o leite presta.
O meu filho hoje tem quase 11 meses, e teve 1 unico dia com o nariz entupido. O aspirador nasal foi usado 3 vezes nessa noite, e nunca mais o tirei do cesto. É um bebé muito saudavel.
Usufrrui muito mais da companhia do meu filho, pois acabei com o que me angustiava. Eu andava exausta porque ele não dormia, insistia na mama e desesperava muito mais. Com o Enfalac descansei eu e o meu filho, passeamos muito mais e ele pode conhecer uma mãe muito mais feliz e sem olheiras e com muito mais paciência!!!

Não se sintam mal se decidirem não amamentar. É uma decisão que cabe a cada uma de nós e que ninguém tem o direito de interferir.
Não é por não dar mama que vão ter bebés menos saudaveis.

Isto já vai longo

Beijocas
Rita&Tiago

morgy disse...

Cada mãe deverá sempre fazer o que é melhor para ela e para o seu filho. Seja o melhor leite materno ou leite da lata.
Não concordo que se tenha menos liberdade por dar mama, pelo contrário sinto-me muito mais livre por isso. Vou a todo o lado com o bebé e sei que a qualquer momento se ele ficar com fome, ou com daquelas irritações que só passam com o conforto da maminha, ela está ali sempre pronta, sem ser preciso aquecer nem preparar nada.
Sobre as noites, eu tenho a sorte de ter um bebé que gosta de dormir de noite. Já aconteceu tirar leite para o pai dar a meio da noite e eu dormir mais horas. Como já alguém disse, é para isso que as bombas servem.
Angustiada com o aumento de peso, isso ando. É bem verdade. Mas o meu maior medo é passar a dar-lhe suplemento e ele continuar a não aumentar de peso.
Mas eu sou obcessiva com medições, eu peso o puto todos os dias quando só o devia pesar de 15 em 15 dias ou mês a mês.
Quando ou se ele começar a tomar suplemento vou continuar a fazer o mesmo e a angustia é a mesma.
Depende de mim e não do facto de estar a amamentar.

inesn disse...

nem tanto ao mar nem tanto à terra.

eu amamentei a minha sara em exclusivo durante 6 meses e não me arrependo por um segundo. é claro que andei cansada, é claro que não tinha grande liberdade de movimentos...mas foi uma escolha minha/nossa e isso é o mais importante.

há que definir prioridades, há que escolher com conhecimento.

se há mães que não puderam ou optaram por não amamentar, também há uma imensidão delas que o fizeram sem sacrifícios nem dramas.

ps - o leite materno não é "eventualmente" mais rico e melhor...isso já é não querer aceitar aquilo que está cientificamente provado ;o)

Unknown disse...

Sou mãe há 23 dias e nunca tive dúvidas de que queria amamentar em exclusivo o máximo de tempo possível.
A verdade é que neste momento já dou suplemento à minha filha.
O problema reside nos meus mamilos(não sei se ainda lhes posso chamar mamilos!)estão em ferida.Não têm feridas, são uma ferida, com uma crosta que sai sempre que tiro leite com a bomba e que por isso nunca mais saram.
No hospital dava de mamar, sempre com dores horríveis, as enfermeiras viam o estado dos mamilos e só se encolhiam, nunca aconselharam.
Já em casa a hora de dar de mamar era um sofrimento atroz, mas lá ia dando a espécie de mamilo ao que a pequena chorava, abocanhava e lá mamava um pouco. Então comecei a usar mamilos de silicone, mas já era tarde demais; era a dor, o sangue, o choro de ambas, um verdadeiro inferno. Pensei: vou tirar o leite com a bomba e dar com biberão (nesta altura parecia que tudo se tinha resolvido e que daí em diante tudo ia ser perfeito). O facto é que quando tiramos com a bomba temos que ter a coisa preparada com antecedência e no meu caso o leite que tirava só era suficiente para uma vez, não dava para guardar. Ora esta situação começou a ficar stessante: e se ela acorda antes do tempo? e se não sai leite suficiente?, e se...?, e os mamilos que nunca mais ficam bons, apesar de ter experimentado tudo. A verdade é que o leite começou a diminuir.
Na Sexta-feira passada dei comigo a chorar convulsivamente (e eu nunca fui de chorar) e aí pensei tenho que dar suplemento quando me falta leite.
Esta foi e é uma decisão que me deixa muito triste, mas tenho que ser prática - o que é pior: dar suplemento ? ou deixar-me cair numa depressão séria?
Continuo a sofrer por estar a dar suplemento, continuo a sofrer porque os mamilos não saram; a minha filha é que parece estar mais satisfeita e a dormir melhor, por isso vou-me deixar de fundamentalismos de dar mama em exclusivo e vou ser sensata.
Imagino que há muitas mães na minha situação e por isso deixo aqui este comentário...Que belo desabafo!

Pensadora disse...

Espero que não te importes, fiz um link deste post no meu blog. Sobre esta questão, aqui apenas vou dizer que a amamentação é uma questão muito pessoal, que deve ter em consideração principalmente o bebé, mas também a mãe, capaz fisica e mentalmente para o fazer.

Lipa disse...

Vou meter a colher se me permitem!
Quando a minha filha nasceu esteve na ucin 3 dias, no 1º dia com soro e só no 2º dia por volta da hora de almoço se tentou pela 1ª vez dar o peito. Não sabia mamar nem agarrar a mama (nem eu estava ainda a produzir nada de jeito) deram-lhe biberon e insistiram para que aprendesse a sugar coisa que ainda não sabia fazer. E mais um e outro biberon, tentava dar o peito e nada acabava por dar biberon...isto ainda no hospital. Fui para casa decidida a insisitir com ela até conseguirmos um entendimento (sim porque sou a favor da amamentação). Com mamilos de silicone conseguimos continuar a amamaentação mas nunca em exclusivo, ela bebia sempre uns 30 ml de leite artificial depois da mama (ou seja ainda tinha fome pq o meu leite nao era grande coisa). Eu tirei com a bomba mas se tirasse 10 ou 20 ml era muito! Nas primeiras semanas stressei-me muito com isso depois conformei-me. Deixei de dar peito perto dos 2 meses mas as ultimas semanas ja era por descargo de consicencia.

O que posso dizer da minha experiencia é o seguinte, é minha filha até agora (tem 2 anos) ultra saudável, conheço bebé amamentados por 1 ou 2 anos que têm muito mais doenças que ela. Pode ser sorte ou não, não duvido que o leite meterno seja muito bom para o bebé mas não é só isso que vai ditar a saúde do bebé a longo prazo! Ainda hoje adora o seu biberon de leite :)

Quanto ao trabalho dá muitooo mais trabalho dar biberon, não se iludam! É lavar, esterilizar, preparar, aquecer...sempre não sei quantas vezes num dia, é um ciclo infinito quase! ah e ter água sempre fervida!! E demora a preparar o biberon, se tiverem um bebé como a minha que era uma impaciente tem de se ter tudo preparado e à mão porque cada minuto que passa o choro é mais alto! Eu até doseador usava e aquecedor de água no quarto para as noites;)

E as saídas são uma complicação ter de se levar biberons, pó, água e rezar para se encontrar um sitio qq para aquecer o biberon caso se vá para longe. Nós adoptamos um aquecedor de biberons com adaptador para o carro! Nem vos digo quantas vezes sonhei em sair com ela sossegada e poder tirar a mama para fora e dar-lha quando tivesse fome! ;)

Estou de acordo com a perspectiva que se a amamentação stressa mãe e bebé e deixa toda a gente extenuada e triste não vale a pena insitir. Nunca tive grande espirito de masoquista confesso! No meu caso não foi tanto o sofrimento físico mas a falta de interesse da minha filhota na mama, ela nunca gosotu muito e eu sentia-me mal de estar a exigir-lhe que gostasse de uma coisa que nem sequer a alimentava em condições.

Dito isto acabo (este testamento, desculpa mas este assunto interessa-me!) só a dizer que a coisa que mais gostava era num proximo filho poder amamentar em condições, com direito a leite a transbordar para fora dos discos e tudo! ;) Mas se não o puder fazer não vou ser pior mãe por causa disso!!

beijinhos

Anónimo disse...

Sara,não concordo com o q escreveste. Estou a amamentar há 2 meses e meio, e estou a adorar a experiência.Claro q ao inicio foi complicado, com a subida do leite e algumas gretas q surgiram, mas agora tanto eu como o meu filhote, estamos perfeitamente adaptados.Durante o dia mama de 3 em 3, à noite faz no máximo 5h. Mas o conforto q é nem me levantar da cama, pegar nele e po-lo à mama, sem esterilizadores,sem biberons,sem doseadores,sem formulas... sair de casa sem m preocupar em levar leites e biberons... e além da vantagem para a saúde,acho q é um momento de carinho imenso e exclusivo.
Mas atenção,nada de fundamentalismos.há mulheres q simplesmente não conseguem amamentar,e não se devem culpabilizar por isso. eles crescem na mesma!
Desculpa o testamento, mas acho q transmitiste a ideia errada-amamentar não é nenhum incómodo, muito menos uma prisão. Cada caso é um caso, e no meu tem sido excelente!

Rita disse...

eu não diria melhor!!!

K disse...

Vim atrás do link no blog de "Eu" (lol) e só vou dar uma achega pequenina. Não sou fundamentalista, acho que vale tudo o que funcionar para qualquer das partes. Mas acho este post muito fundamentalista para o "outro lado". O meu filho tem quase 8 meses e é amamentado em exclusivo desde o início, para minha comodidade e liberdade e felicidade! Sempre dormi imenso, com ele a mamar na cama, sempre sai com ele a qualquer hora, a dar mama onde for preciso, nunca tive problemas de lavar biberões, comprar caríssimos leites, levantar-me de madrugada e ensonada para lhe dar biberão. E tenho uma filha mais velha para cuidar simultaneamente! Ela "desistiu" de mamar aos 5 meses e cansou-me imenso dar-lhe biberões, com toda a rotina de os lavar, esterilizar, preparar, etc.
Se tive problemas? Como toda a gente, mas acho que a informação e os produtos certos resolveram tudo, desde a bomba certa em casa, aos mamilos de silicone, ao creme contra gretas.
Já agora, à "pobre" mãe com os mamilos em ferida, permita-me recomendar (para sarar) o Mytosil e (para manutenção) o gretalvite. Não sei se já experimentou mesmo tudo, mas espero que possa ajudar!
Portanto, sem me alongar mais, tal como não condeno quem dá o suplemento ou o biberão por opção pura e simples, agradeço que não conotem quem amamenta por períodos maiores do que o "normal" com fundamentalistas ou pior, porque pode muito bem não ser o caso.

Anónimo disse...

Pois eu também não sou de fundamentalismos e acho que qualquer decisão tomada em plena consciência e conhecimento é respeitável!
Tenho uma filha de 2 meses e amamento desde a sua primeira hora de vida. Na verdade debati-me com problemas ao início, O meu peito gretou e as lágrimas corriam-me quando chegava à hora da mamada - como pessoa consciente fui à procura de informação e contactei a SOS Amamentação onde encontrei uma ajuda preciosa. Corrigi a posição, dei de mamar uns dias com mamilos de silicone até o meu peito sarar e desde aí que tem sido uma experiência muito gratificante, ver a minha filha crescer com o meu leite.
Quanto à liberdade de movimentos, é precisamente o que eu sinto... vou para qualquer lado, sem me preocupar em levar uma panóplia de instrumentos atrás para preparar um biberão! Saio no intervalo das mamadas quando preciso e deixo a minha filha com o meu marido, se for preciso deixo um biberon com leite extraído à bomba... por isso não me sinto minimamente presa!
Tal como não critico as mães que desistem de amamentar ou simplesmente não conseguem, também acho que as que se empenham em amamentar, dormem menos, etc. não devem ser criticadas... afinal a felicidade, aproveitar o bebé e andar bem disposta, pode ser conseguida de diversas formas, e comigo amamentar é uma dessas formas.

T disse...

Tens toda a razão. A pressão é imensa e a falta de qualidade de vida imensa. Na minha primeira experiência de amamentação, passei as passas do algarve (http://minha-filhota.blogspot.com/2007/10/amamenta.html), mas por teimosia e sobretudo porque a minha rica filha´, mal ou bem, sõ bebia do meu leite (perdi a conta do n.º de marcas de leite artificial que experimentei), dei de mamar em exclusivo até aos 4 meses. A partir daí a amamentação era poucas vezes, correu mt bem e era bem prática. Mas os primeiros 4 meses foram terríveis, eu andava sempre ansiosa, não podia quase sair porque a garota sõ mamava com tudo muito calmo. Um horror... Desta vez, novamente a amamentar, pensei: se volta a repetir-se não sei se aguento de novo tudo aquilo. Não se repetiu. O puto mama, depressa e bem, em qualquer lado. Eu perdi a vergonha e dou de mamar em qualquer lado também. E a mama não me atrapalha.

Mas voltando ao teu post, sim, a pressão é medonha. Quando tive problemas com a primeira experiência, tentei recorrer a foruns para me ajudar e só faltava chamarem-me de merda de mãe, por querer encontrar um leite artificial que ela gostasse... Enfim... Teria sido bem melhor eu não ter sofrido o que sofri, mas já está, que se lixe.

Mar disse...

Amamentei o meu filho mais velho 23 meses (em exclusivo até aos 4). Amamento a segunda (tem 8 meses, em exclusivo até aos 4).

O leite materno é melhor. Ponto. Isso é um dado científico. Mas não é tudo e sim, é melhor para o bebé beber biberão e ter uma mãe equilibrada.

A discussão faz pouco sentido, porque quem deu de mamar muito tempo e quem optou por parar está, normalmente, a falar de experiências completamente diferentes.

Eu adoro amamentar. Nunca foi um sacrifício, correu sempre bem, é grátis e está sempre disponível. Agora, então, com a segunda filha, é o tempo dela, o momento em que páro e a olho nos olhos, em que sou só para ela. Sempre fui para todo o lado e dou de mamar em qualquer sítio, quero lá saber se se escandalizem. Acho muito mais complicado andar com água e leite em pó para todo o lado.

Mas isto sou eu. É óbvio que acho que faço o melhor para os meus filhos, e ouço muitas bocas por isso (ai que já é tão crescido e mama, ai que já tem dentes, ai e a vida do casal, etc, etc), mas esta é a solução para mim. Não tem que ser para as outras. Pronto. Não sou uma saloia, eco-coisa, suburbana, sem auto-estima por isto. Mas quem decide o contrário também não é má mãe.