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sexta-feira, 13 de março de 2009

A propósito do pai que deixou o filho no banco de trás do carro

Depois de já ter lido sobre a notícia em vários blogs e jornais online, as única coisa que me ocorre dizer, além de lamentar a morte terrível deste bebé é que nenhum de nós pode julgar, nem para o bem nem para o mal.
No entanto, não posso deixar de dizer, face aos comentários que tenho lido, que o "stress" que hoje é desculpa para tudo não pode ser desculpa para uma situação destas. Do que li, as pessoas dizem coisas como "isto é o que dá vivermos numa correria" ou "isto é fruto do stress horrível em que vivemos". Não estou de acordo. Em stress vivem os israelitas e outros países em guerra que estão sempre à espera que lhes caia uma bomba em cima ou as pessoas que não têm dinheiro para alimentar os filhos. Ter reuniões, ter um trabalho muito absorvente, fazer horas extra não pode ser razão para que uma coisa desta gravidade aconteça. Uma coisa é estar absorto num assunto de trabalho e esquecer os óculos em cima da mesa do café, outra coisa é saír de casa com um bebé, para o deixar na creche e estar convicto que o deixou lá e só se aperceber que isso não aconteceu horas mais tarde.
Não me interpretem mal, a discussão aqui não é o que o pai fez, porque esse, coitado, quer seja condenado quer não seja, terá uma vida miserável. O que assusta é ouvir as vozes que se levantam nestas alturas, culpando os dias de correria, o stress do trabalho e outras minudências. Sim, porque qualquer um destes factores é uma minudência ao pé do que é a responsabilidade de ter um filho e sobretudo, estar atento a ele.

19 comentários:

Anónimo disse...

é isso mesmo, eu como já disse noutro blog não o condeno porque acho que a dir que ele vai sentir a partir de agora é castigo suficiente. Mas para mim não há desculpa para um esquecimento assim :(
bjs

sofia disse...

Concordo - sem tirar nem por

Mãe da Rita disse...

Sim, nada poderia servir de desculpa. Há coisas que devem estar à frente do stress e da correria; para quê tê-los para nos esquecermos do que é importante??

ritacor disse...

Concordo completamente Sara.
Acho inadmissível arranjarem justificações para um acto completamente injustificável.
Que pode acontecer a qualquer um de nós?! Não me parece, nem pouco mais ou menos.
Que o pai sofrerá horrores pelo resto da vida? acredito que sim, mas isso não é atenuante, quanto a mim, da negligência grave que teve para com o filho.

Eu até me atrevo a perguntar uma coisa: se fosse uma mulher, será que se levantavam tantas vozes para justificar a situação?...infelizmente, duvido.

*Quicas* disse...

Concordo contigo...não se pode culpar o stress ou a vida agitada para o facto de um bebé ter morrido por ter sido esquecido num carro ao sol. Infelizmente aconteceu...mas também digo que não sei como reagiria nesta situação. Conseguiria perdoar o marido? E ultrapassar a dor da morte de um filho? (ai, não sei e prefiro não pensar)

bjocas

Barriguita disse...

concordo. ontem chorei ao ouvir a notícia, mas não consigo julgar aquele pai. maior castigo será o ter de viver o resto dos dias com a culpa, e isso, já ninguém lhe tira.

RG disse...

A maior pena viverá no coração daquele Pai!
Não comento o esquecimento, porque julgo que qualquer um não está imune de algo similar acontecer, nem quero imaginaR!
Hoje li no jornal "correio da manhã" que o Pai só diz que se quer matar!
Haverá julgamento pior que "prisão perpétua" deste sentimento de ter sido culpado na morte de um filho que tanto se ama???

Alexamaral disse...

Acho normal que o pai pense em acabar com a sua própria vida. Tenho a certeza que a mim nunca me aconteceria coisa semelhante (aliás, tenho 2 filhos e nunca me esqueci deles em qualquer circunstância), no entanto admito que algumas pessoas mais despistadas possam ter "desleixos" destes! Tenho pena deste pai, desta mãe e quanto ao bebé angustia-me só de pensar...

Anónimo disse...

Comentando e respondendo à Kátia e Fábio: se me acontecesse uma coisa dessas, eu não descansava enquanto não me matasse.

Anónimo disse...

Acho ridiculo falar com tal leveza sobre sentimentos que não se conseguem sequer imaginar.

A Marina só pode ser completamente imatura, para dizer tal coisa como: "eu não descansava enquanto não me matasse."

Sci

Anónimo disse...

Ainda a propósito...

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1369385&idCanal=62

Sci

Anónimo disse...

Um importante parágrafo do artigo acima deixado:

"Somos vulneráveis, mas não queremos que nos lembrem disso. Queremos acreditar que o mundo é compreensível e controlável e não ameaçador, que, se seguirmos as regras, ficaremos bem. Por isso, quando este tipo de coisas acontece a outras pessoas, precisamos de as colocar numa categoria diferente da nossa. Não queremos parecer-nos com elas e o facto de podermos ser é demasiado aterrador para lidarmos com ele. Por isso, elas têm de ser uns monstros."

Maria disse...

É sempre muito fácil falar... Mas quem vive estas situações, nem sei como consegue continuar a "viver".

beijinho.

Anónimo disse...

Sim, sou uma pessoa completamente imatura. E você deve ser uma pessoa sem filhos, para achar que se consegue viver após a perda de um filho... Eu não conseguiria. E, se achar que só a morte pode pôr fim à dor de perder um filho é ser imaturo, sim, eu sou imatura. Mas não imatura ao ponto de me esconder atrás do anonimato. Saudinha.

Anónimo disse...

Sim, imaturidade não lhe falta inclusive para fazer deduções como as que faz ou acha que todas as pessoas que perdem um filho se matam?!

Quanto ao facto de não colocar o meu nome, isso tem a ver apenas com o facto de não ter um blog, se a deixa mais satisfeita chamo-me Alice Cruz, Sandra Baptista, Paula Cunha...Fez alguma diferença?!

Anónimo disse...

Pois eu cá tenho um blog, e se me quer insultar faça-o lá. Imaturo é usar o blog destas queridas mamãs para o fazer. Eu nunca a insultei, só comentei o post e dei a minha opinião (e não fui malcriada nem desagradável), que é para isso que servem os blogs. E eu não disse que o pai que se esqueceu do filho se deve matar, pois tem esposa e outro filho pelos quais deve valer a pena viver. Eu só disse que se uma coisa dessas me acontecesse, teria sem dúvida vontade de me matar, tal como dizem ser essa a vontade do pai.
Repito, anónimo, se me quer insultar faça-o no meu blog www.mommymarina.blogs.sapo.pt ou através do mail marinapires79@hotmail.com

Peço desculpa à Sara, Supertatas e Pimpinelas por este comentário que já pouco tem a ver com o post, mas acho que tenho direito de resposta quando me insultam.

Anónimo disse...

Pois eu cá tenho um blog, e se me quer insultar faça-o lá. Imaturo é usar o blog destas queridas mamãs para o fazer. Eu nunca a insultei, só comentei o post e dei a minha opinião (e não fui malcriada nem desagradável), que é para isso que servem os blogs. E eu não disse que o pai que se esqueceu do filho se deve matar, pois tem esposa e outro filho pelos quais deve valer a pena viver. Eu só disse que se uma coisa dessas me acontecesse, teria sem dúvida vontade de me matar, tal como dizem ser essa a vontade do pai.
Repito, anónimo, se me quer insultar faça-o no meu blog www.mommymarina.blogs.sapo.pt ou através do mail marinapires79@hotmail.com

Peço desculpa à Sara, Supertatas e Pimpinelas por este comentário que já pouco tem a ver com o post, mas acho que tenho direito de resposta quando me insultam.

claudiafiel disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
claudiafiel disse...

Não concordo nada. Um esquecimento é um esquecimento e ponto final. Ele não está sozinho nesta fatalidade já que nos EUA acontece com muita frequência. Pior este homem não se vai perdoar pela falha, já que foi o responsável pela morte de quem mais ama. Claro que a correria não será certamente a culpada, mas contribui certamente, até porque fazemos as coisas de forma quase macanizada e em piloto automático. Foram de facto diversos factores apontados e que em conjunto podem explicar um acontecimento deste tipo e que foram apontados em casos semelhantes nos Estados Unidos. Um deles o facto dos ovinhos serem tapados e colocados no banco de trás virados no sentido inverso ao da marcha. Não sei se podemos dizer "nunca me vai acontecer". Acontece a mulheres, a homens, com diferentes profissões, acontece aos super distraídos, mas também a pessoas super organizadas. Aqui fica o link dum artigo do público que fala exactamente nisso:
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1369385&idCanal=62