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terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Portugal dos Pequeninos

Bem sei que este é um blog onde se fala sobretudo de bebés e afins, mas estou tão irritada com esta notícia que não posso deixar de a colocar aqui.
O iluminado Paulo Branco, director da Medeia Filmes apresentou uma queixa à Autoridade para a Concorrência no sentido de travar o My Zon Card, cartão oferecido aos clientes da Zon mais antigos, que lhes permite ter acesso a 52 sessões de cinema por ano totalmente gratuitas nos cinemas da Lusomundo. Diz a besta do Paulo Branco que esta oferta irá lesar o sector do cinema nacional e da filmografia europeia que geralmente não passa nas salas da Lusomundo.
E pergunto eu: quem quer ver filmes da Medeia, sejam eles franceses ou marroquinos, deixa de ir porque tem o cartão da Zon?
Porque é que levar mais pessoas aos cinemas é mau?
Porque é que o mentecapto do Paulo Branco não promove uma iniciativa semelhante para as 20 salas que gere com a tal "filmografia especial"?
Tipos como este são um atentado à inteligência e mais, é de uma pretensão de todo o tamanho achar que as pessoas deixam de ver filmes europeus só porque têm este cartão. Do género "ah e tal queria ir tanto ver aquele filme do Godard... ah não, espera, como tenho o cartão da Zon vou mas é ver o último Rambo que está em exibição ali no Colombo".
E assim este tipo conseguiu dar cabo da possibilidade que centenas de famílias tinham de ir ao cinema de uma forma mais económica.
Da minha parte, farei um boicote aos filmes da Medeia.
A notícia completa aqui:
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1355030

12 comentários:

Alexamaral disse...

Que parvoíce de atitude! É esperar que a Autoridade da Concorrência não lhe dê razão!

Baggio disse...

Mas vai dar. E com razão. Acabar com a concorrência desleal é o seu papel.

Cristina Silva disse...

E não é que a Autoridade da Concorrência deu razão ao senhor?
A Autoridade da Concorrência não deveria ter como objectivo assegurar os interesses dos consumidores, em primeiro lugar?
Não me parece que haja aqui concorrência desleal. É uma iniciativa que apenas iria levar mais pessoas ao cinema. Com a pessoa que tem direito ao bilhete gratuito, vai certamente outra a acompanhar, que vai pagar.

Na "pulhice" da questão dos combustíveis, já aquela entidade considerou não existir qualquer problema!!Claro que não!!!

Cada vez que há alguma iniciativa que beneficie os consumidores, aparece logo alguém a referir que é concorrência desleal.
Não há pachorra!

rita disse...

Proponho um boicote aos filmes da Medeia e do Paulo Branco. Pela parte q me toca, já não ponho lá mais os pés.
Bjs

Hugo Carvalho disse...

Paulo Branco zela pelo seu negócio como é lógico. Pessoalmente deixei de ir aos cinemas da medeia porque tenho o cartão de credito do millenium cujo desconto é igual. Na compra de um bilhete oferecem o outro. Este desconto permitiu que veja a maior parte dos filmes, e são muitos, na Lusomundo. E eu detesto a Lusomundo, especialmente as pipocas e a barulheira de algumas sessões. Agora não vou deixar de ver o filme do Godard só por causa de não ter desconto e o filme ser distribuído pela Medeia.
Mas o cartão da Zon não me parece que vá afectar o cinema europeu precisamente porque este não passa na Lusomundo. O que é uma pena diga-se. A própria medeia, em tempos, tinha também o seu próprio cartão de descontos. Não era nada de especial, mas era um cartão.
Por outro lado o My Zon Card acaba por dinamizar as pessoas a ir ao cinema mais vezes, o que é positivo.
Bem, como agora está para nascer o pequeno Gabriel, a minha vida vai ser gasta no Blockbuster. Por isso não há cartão que me valha.
Ora aí está uma ideia para os cinemas medeia. Em inglaterra existem sessões de cinema para os pais que podem levar as crianças e assim assistir aos filmes. Claro que não deve ser uma coisa silenciosa, mas sempre é uma alternativa.

Bruno disse...

"quem quer ver filmes da Medeia, sejam eles franceses ou marroquinos, deixa de ir porque tem o cartão da Zon?"
A questão não é essa. A Medeia consegue exibir o cinema que exibe nas suas salas mais especializadas porque tem um cinema mais comercial (o Monumental/Saldanha Residence) que lhe garante rentabilidade suficiente para poder distribuir esses filmes. Uma iniciativa como a da Zon coloca claramente em risco esse equilíbrio. Aliás, não coloca só em risco o Paulo Branco, mas os restantes distribuidores mais pequenos - o problema é que mais nenhum tem o peso que o Paulo Branco tem.

kingJahRastafari disse...

Pois, mas antes do aparecimento do myzoncard o Paulo Branco conseguiu falir os Cinema Millenium em Santarém, em Alcochete, Alvaláxia,... Andou a pedir indeminizações ao Freeport, ao ICA,... quando o único problema é a própria má gestão e falta de mundividência. Como é que um subsidio-dependente pode bradar aos céus contra as borlas dadas aos outros? E o cartão Medeia que oferece por 15€ mensais entradas ilimitadas? Eu também pago à zon 60€ mensais, e não vejo mal nehum em me darem uma espécie de brinde. E depois há ainda a incoerência da AdC. Porque é que o cartão é permitido na Madeira e Algarve e não em Viseu, onde nem sequer existe concorrência, e onde os únicos prejudicados são as pessoas?... E a celeridade do processo comparativamente a todos os outros movidos pela AdC? Isto cheira a esturro é o que é...

Bruno disse...

kingJahRastafari, a diferença entre o cartão da Medeia e o cartão da Zon/Lusomundo está no simples facto de que a Zon tem posição dominante no mercado e a Medeia não. A partir daí há comportamentos que a Medeia pode perfeitamente ter, mas que a Zon não. E isto vem da lei da concorrência e não da vontade do Paulo Branco. Quanto à incoerência da AdC, ela não existe - a Zon tem posição dominante no país visto como em todo, mas se analisarmos distrito a distrito há alguns em que não a tem; a análise foi feita quando a PT comprou a Lusomundo e pode ser consultada no site da AdC. Daí que nesta decisão a AdC tenha resolvido suspender o cartão apenas nos distritos em que havia risco real de abuso da posição dominante. Finalmente, não vejo que haja celeridade no processo quano o que a AdC fez foi apenas suspender o cartão por 90 dias enquanto analisa o processo, para evitar que caso haja abuso de posição dominante, ela prejudique a concorrência nesse espaço de tempo. Ou seja, ainda não há sequer nenhuma decisão, por isso ainda é cedo para se falar em celeridade.

Baggio disse...

Bistes?

T disse...

Melhor título para o post era impossível

Anónimo disse...

nunca vi tanta ignorância junta.. tristeza.

Anónimo disse...

Junto-me ao protesto!